quinta-feira, 2 de junho de 2011

E o povo fala !

PC Siqueira e Felipe Neto. Sucessos na internet, que ganharam espaço da imprensa em geral agora marcam presença também na televisão. É a hibridização das mídias na contemporaneidade, uma tendência que parece se consolidar a cada dia, sob diversas plataformas e ferramentas.

No entanto, o que as pessoas acham desses dois videoblogueiros, agora, apresentadores de TV? O público que acompanha na internet continuará fiel na outra tela?

Acompanhe o que os estudantes de Jornalismo falaram sobre o assunto! A estima por PC e Felipe Neto divide opiniões..


quarta-feira, 1 de junho de 2011

Copa do Mundo

De quatro em quatro anos o Brasil para no meio do ano, sabe por que?? Acertou quem disse: Copa do Mundo! E por incrível que pareça, todos os dias surge um assunto novo para abordar. Seja obras nos estádios ou convocações para jogos amistosos. Hoje, por exemplo, foi reeleito o presidente da FIFA Joseph Blatter.


A primeira Copa a ser televisionada, ainda em preto e branco, foi em 1954, porém somente para oito países. Atualmente, é a competição esportiva mais assistida em todo o planeta, ultrapassando até os Jogos Olímpicos. Em 2002, a audiência total da Copa do Mundo foi estimada em 2,8 bilhões de telespectadores, sendo que 1,1 bilhão assistiram à partida final. Já o sorteio que decidiu a distribuição das seleções nos grupos foi acompanhada por mais de 300 milhões de pessoas. 

Apesar de ser um vídeo desatualizado, o vblogueiro PC Siqueira, fala um pouco sobre o evento e sobre como era a nossa visão sobre o continente africano antes da realização da Copa do Mundo na África do Sul.



Conhecido como o país do futebol, em 2014, a Copa do Mundo será realizada no Brasil. O evento retornará ao território brasileiro após 64 anos, já que sediou o torneio em 1950.

Quem quiser saber mais sobre o evento aqui no Brasil, acesse o site> http://www.copa2014.org.br/

Felipe Neto e Pc Siqueira na TV

Sabemos que a internet muitas vezes pauta a mídia. Assuntos tratados no Twitter, Facebook e comunidades do orkut são transformados em matérias.

O professores da PUC MINAS, Maria Líbia, responsável pela disciplina de Telejornalismo, e Fernando Lacerda, que dá aulas de edição jornalística e também é editor do site de esportes da Uol, falaram sobre isto:





Felipe Neto e PC Siqueira, ficaram tão famosos na internet que ganharam espaço na Televisão.



O jovem Felipe Neto agora colabora com programas esportivos da Rede Globo. O convite veio do jornalista Tiago Leifert, apresentador do “Globo Esporte” de São Paulo. O vblogueiro possui quadros no “Esporte Espetacular” e no “Globo Esporte” de São Paulo.

Em seus quadros, Felipe Neto mistura humor e esporte. Aos domingos, no “Esporte Espetacular”, Felipe e o ator Fábio Nunes, trazem três pílulas bem humoradas sobre o universo esportivo. Além disso, os internautas podem escolher o nome da atração através dos site do programa. A idéia do quadro é levar para o programa um pouco da linguagem e do dinamismo da internet.

A estreia foi no dia 22 de maio e nas três pílulas da estreia, Felipe Neto e Fábio Nunes mostraram cinco maneiras de se começar bem o Campeonato Brasileiro; uma maneira bem-humorada de se narrar um gol; e no VT “Esporte na rua”, ambos praticaram esportes em locais inusitados com o objetivo de surpreender as pessoas ao redor.


Já PC Siqueira tem um programa semanal na MTV com meia hora de duração desde março. No “PC na TV”, ele continua dizendo o que pensa, mas ao invés de fazer isso na frente da webcam em seu quarto, ele vai fazer isso em um estúdio. Vale ressaltar os recursos gráficos presentes no programa.

“O programa foi pensado para mim. Eu não poderia apresentar outro programa e outra pessoa não poderia apresentar o meu programa. É em cima de improvisação, eu já sei as matérias que vão passar, mas não tem roteiro. Eu invento tudo na hora.” – PC Siqueira.


terça-feira, 31 de maio de 2011

Fábrica de ídolos

Muito já foi falado neste Blog a respeito do poder de mobilização e de convencimento que os meios de comunicação possuem e, nesta postagem, colocamos em questão o surgimento de ídolos instantâneos na música brasileira e seu consequente desaparecimento em mesma rapidez e proporção.

Hoje quando falamos de boa música nas rádios o que vem em mente? Alguns minutos para pensar? Difícil? Qual seria o motivo?

Na verdade, os motivos são diversos para termos que escutar tanto trabalho musical superficial e sem conteúdo. Um dos primeiros é a intervenção das grandes gravadoras nas identidades das bandas, que tende a moldar os novos talentos de acordo com a maré musical do momento, criando um monte de tralhas musicais, um mais do mesmo que chega a dar calo nos ouvidos.

Quer um exemplo? Quantas duplas de sertanejo Universitário já não tiveram seus 3 meses de sucesso, dando lugar a novas e ficando em hiato? É um número a se perder de vista. Em contrapartida, fica muito mais fácil contar quantos bons conjuntos de música popular ou rock têm um espaço considerável nas rádios.

Um outro fato que é importante contestar são as bandas voltadas para o público teen. Não se pode falar nesse assunto sem lembrar do conjunto Restart, que arrebata uma legião de pré-adolescentes ensandecidos pelo país, mas a cada dia que passa, também vai criando mais antipatia nos ouvidos do público de senso crítico mais maduro. O que dá para perceber é que esses jovens músicos, não somente do Restart, mas de outras bandas aditivadas com um apelo estético, têm a mesma atitude de amor incondicional com seus fãs, que parece ser encenada e roteirizada. Ainda sem falar no espaço de mídia que elas adquirem por questões mercadológicas, que as deixam com mais evidência e projeção.

Confira o vídeo feito por Felipe Neto do dia 27 de julho do ano passado, ainda quando as bandas coloridas começavam a tomar conta da tv e do rádio. Ele critica não só o trabalho desses artistas, que na sua concepção não é feito com sinceridade, mas também a atitude cega dos jovens fãs, alimentada pela mídia:



Antes do início do século XXI, para um músico se consolidar, não importando o seu estilo, demandava muito mais tempo de trabalho e aceitação do público. Para que se fosse possível então agrupar um material biográfico, capaz de dar conta de um livro, demoraria mais tempo ainda. Mas atualmente as “grandes estrelas” nem mesmo estão há cinco anos na estrada e já se preocupam em contar sobre sua história. Ora, que história sólida se constrói neste tão curto espaço de tempo? Curioso para ler a biografia de Justin Bieber, ou a do Restart?


Um segundo motivo para a saturação da música atual nas rádios é o próprio consentimento das mesmas, que são veículos que ainda hoje pautam aquilo que é de atração nas outras mídias como a televisão e internet.  Os campos e possibilidades para os músicos mostrarem seu trabalho ampliaram-se, de fato, mas ainda na atualidade a porta de entrada para um artista construir sua carreira é o rádio. No entanto a situação fica difícil para aqueles artistas que não seguem os estereótipos do momento, as portas não se abrem com a mesma facilidade. Não importa muito a qualidade da música. O que tem relevância é se o que você faz vende. Essa parece ser a receita do sucesso dos tempos de hoje, tanto para artistas, quanto para rádios e gravadoras.

Quem também critica, desde o final da década de 80, as gravadoras e a atitude de refém das rádios brasileiras é o roqueiro Lobão, que recentemente comentou sobre este assunto na rádio Transamérica de São Paulo:

Celebridade de quê?


Em Sub-Celebridades, Felipe Neto ataca as pessoas que ganham fama e fãs simplesmente por terem participado de reality shows ou estarem envolvidos em algum tipo de escândalo repercutido pela mídia.

Tem-se então, do dicionário, celebridade: pessoa célebre, coisa extraordinária, notabilidade. O que de tão célebre tem, então, os ex-participantes do Big Brother Brasil, ou Geisy Arruda, do caso UNIBAN?

O que de tão atraente tem essas pessoas, que passam a acumular fãs e seguidores em pouco tempo. Porque a imprensa continua a dar extenso espaço para essas pessoas? 

O que tem de relevante saber que dois ex-bbbs estão noivos, se a ex-popozuda vai se casar, que a última eliminada vai posar para revista masculina? O que leva uma produtora a contratar Geisy Arruda como apresentadora de programa em TV?

Qual o critério? Há critério? 

Para (tentar) entender esse contexto, o professor de sociologia, da PUC Minas, Euclides Guimarães, responde alguns questionamentos acerca do tema. 

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Propaganda ou jornalismo?

A produção tecnológica se acelera a cada dia e os produtos vão ficando obsoletos mais rapidamente. Exemplo desse fato é o boom que tem ocorrido nos últimos anos dos equipamentos que prometem alto processamento de dados, equiparados aos computadores, mas em escala de tamanho muito reduzida. Smartphones puxados pelo carro-chefe do Iphone entram e saem das prateleiras e ficam ultrapassados em questões de meses. O que há uma década atrás ficava fora de uso dentro de 3 anos, hoje já não serve mais para consumo dentro da sociedade capitalista em seis meses.

Partindo desse ponto, a nova sensação dentre os entusiastas da tecnologia e dos consumistas em geral são os chamados tablets. São equipamentos que ficam entre os smartphones e os notebooks numa escala de funcionalidade, mas que prometem vir com tudo para se tornarem sinônimo de portabilidade e eficiência na comunicação.


Novamente, a empresa detentora dessa ideia e que influenciou todas as outras grandes marcas é a californiana Apple, do multimilionário Steve Jobs. Seu produto, o Ipad, já está na sua segunda geração e mobilizou, só no dia da estreia nas prateleiras, milhões de pessoas.



O vlogueiro PC Siqueira, em sua postagem do dia 28 de maio, comentou exatamente sobre as reais utilidades do aparelho, logo após a estreia das vendas do tablet no Brasil:


A imprensa mundial cobriu o evento e a brasileira não poderia deixar de fazer diferente. No entanto o que se leva em questão aqui não é somente o acontecimento, mas como a mídia acaba pautando a sociedade rumo ao consumismo. Este novo aparelho, na verdade traz ínfimas inovações, a não ser melhorias de performance, mas faz em tese o que o seu antecessor fazia. 


No entanto, a maneira com que os veículos de comunicação, principalmente de internet, abordam o fato faz parecer com que seja uma necessidade quase orgânica que se adquira uma nova quinquilharia. O acontecimento é muitas vezes até espetacularizado, como se fosse mais um grande feito da humanidade, quando, na verdade é só mais um produto que tem dias contados nas vitrines, até que surja mais uma nova “inovação”.

A matérias do G1 e da Folha de S.Paulo On Line, do dia 27, por exemplo, deram destaque inclusive para o evento e até para a presença de celebridades no local. Esquecendo-se de falar um pouco mais a fundo do produto:



É claro que existem os chamados reviews, que são trabalhos bastante esclarecedores que buscam analisar o produto nos seus menores detalhes levando em conta aspectos de desempenho, custo-benefício e utilidade. Mas ainda assim, o objetivo final é fazer com que o leitor (consumidor) se decida ou não pela compra. Poucas são as críticas de imprensa em relação à utilidade do equipamento e aí não colocamos somente em questão o Ipad, mas todos os outros “brinquedos” do século XXI.

O que preocupa não é o fato do cidadão querer ou não comprar o equipamento, mas a tendência superficial e de tomar um lado somente (geralmente o de afirmar os benefícios) que a imprensa toma, fazendo parecer com que a notícia é mais uma peça publicitária das multinacionais.

Sobre impostos


No dia 26 de abril, Felipe Neto postou um vídeo em sua página no youtube que já tem mais de 3 milhões de acessos. MAIS DE 3 MILHÕES DE ACESSOS EM MENOS DE UM MÊS. E sabe sobre o que o videoblogueiro falou? Sobre impostos....

Todos nós sabemos que impostos são valores pagos, por pessoas físicas e jurídicas (empresas). O valor é arrecado pelo Estado (governo municipal, estadual e federal) e servem para custear os gastos públicos com saúde, segurança, educação, transporte e por aí vai. Mas cada dia que passa, vemos noticias sobre corrupção, festas com dinheiro público e aumento de salários dos políticos.

No Brasil, todos os cidadãos pagam em média 38 diferentes tipos de impostos. O país tem uma das cargas tributárias mais elevadas do mundo. De acordo com o site www.impostometro.com.br, até o dia de hoje 12/05, o país já arrecadou mais de R$525 bilhões em impostos em menos de cinco meses. 


Mas porquê essa carga tributária tão elevada? 




Todos os bens que adquirimos possui um imposto embutido. Para conseguir pagar essa enorme carga tributária, o brasileiro trabalha em média 5 meses. O que dificulta o acesso da população à determinados bens. Nos Estados Unidos um filme é vendido por 17 dólares, o que corresponde a R$26, aqui no Brasil, o mesmo filme não sai por menos de R$80. São R$50 de imposto. O mesmo acontece com um Playstation 3, aqui ele custa R$2.000, no exterior o produto vale R$474. 

E os políticos ainda querem acabar com a pirataria...

Confira a opinião do professor de Jornalismo Econômico da Puc Minas, João Carlos, sobre este assunto:



Falar e escrever corretamente

As pessoas escrevem errado na internet. Usam abreviações que não existem, inventam expressões e até mesmo palavras. Felipe Neto fez um vídeo sobre isto:
 





O problema é que o uso inadequado do português está ultrapassando as barreiras do mundo virtual. Erros ortográficos podem ser vistos até mesmo em sites de notícias e em propagandas. Veja abaixo alguns erros ortográficos encontrados em anúncios e propagandas:
Sabemos que as regras de nossa gramática são realmente complicadas. Mas é preciso que todos aprendam como usá-las, ainda na escola. Acontece, que ao invés de ensinarem as crianças a escreverem e falarem corretamente, o Ministério da Educação (MEC), acredita que, dependendo da situação, uma pessoa pode ser vítima de preconceito se falar corretamente.  É isto mesmo. E para que este preconceito não aconteça, o Programa Nacional do Livro Didático, do MEC, distribuiu 485 mil livros para estudantes que defende o uso da linguagem popular!
Se o principal órgão responsável pela educação em nosso país é a favor no uso errado do português, o que poderá ser feito?
Dependendo do público para o qual uma notícia vai ser divulgada, um jornalista pode cometer erros de concordância ao escrever seu texto para evitar o preconceito?
Uma pessoa que escreve e fala corretamente pode mesmo sofrer preconceito?

Veja a opinião da professora de Jornalismo Investigativo, da PUC Minas, Maura Eustáquia, sobre este assunto:



domingo, 29 de maio de 2011

Cobertura Osama Bin Laden - Globo


Desconsiderando os primeiros 6 minutos de vídeo, onde PC Siqueira devaneia sobre comida japonesa, banana, um cachorro e um tubarão de pelúcia, o videoblogueiro chega a um assunto que mobilizou a mídia há menos de um mês: a morte ou suposta morte de Osama Bin Laden. (Parte em que ele trata de forma superficial e descontextualizada)

PC Siqueira acredita que "parece que quando as pessoas morrem elas são absolvidas de todos os crimes que elas cometem na visão das pessoas que estão vivas". Será? O mundo inteiro demonstrou certa alegria e alívio após a morte do ex-terrorista, emendando dias de comemoração. Representantes de grandes países prestaram cumprimentos ao governo americano e viram o acontecimento como um "triunfo retumbante", como disse Binyamin Netanyahu, primeiro-ministro de Israel. 


No entanto, a cobertura da mídia passou por momentos de instabilidade de informações, alterando os dados diariamente. A contradição de notícias causou perda da credibilidade dos veículos de notícias, que estavam sob "comando" da fonte principal, o governo norte-americano. 

(Fonte de parâmetro: G1) A primeira notícia veiculada no G1 aconteceu às 00h02, do dia 02 de maio de 2011. Ainda sem maiores informações. 



A segunda notícia veio, 46 minutos depois, com a confirmação do presidente Barack Obama de que Osama Bin Laden estava morto e que "a justiça havia sido feita".



No entanto, no dia seguinte, notícias como a incerteza da morte de Bin Laden já repercutiam na imprensa.



A Casa Branca decidiu por não divulgar as fotos que registraram o momento da morte do ex-terrorista. No entanto, tal atitude gerou desconfiança.







Diante do clima de instabilidade, uma notícia a respeito dos exames de DNA foram divulgadas. O que ainda fez-se questionar a rapidez de processamento e resultado desses exames.






A mídia noticiou tudo, tendo ou não procedência confiável, incluindo, inclusive, brincadeiras acerca do tema. 



Repercussão


Como visto acima, o fato repercutiu internacionalmente com o proununciamento de diversos líderes de opinião. Nos Estados Unidos, a popularidade do presidente Obama cresceu, bateu recordes de audiência na televisão e, além disso, as bolsas de valores americanas fecharam em alta. 





A professora do curso de Jornalismo da PUC Minas e Assessora de Imprensa do Curso de Relações Internacionais, Rita Louback, deu sua opinião sobre como a mídia deve atuar em casos como este:


sábado, 21 de maio de 2011

Preconceito

Há seis meses, Felipe Neto postou o vídeo "Preconceito" em seu canal do youtube. Por quase sete minutos, ele discorre sobre as várias manifestações de preconceitos: contra os negros, os ricos, os humildes e os gays. Critica, acima desses preconceitos, a hipocrisia que vive a sociedade ao camuflar seus preconceitos com um "não tenho preconceito nenhum" ou afirmando ser tudo uma simples questão de preferência.




Preconceito é pré-julgamento (tendo como base um julgamento que, além de não ser cabível a nenhum de nós, não tem estrutura lógica-humana). É estupidez e covardia ao desdenhar a importância de ser humano do outro. E é, muitas vezes, um escudo para proteção das próprias "certezas" incertas do preconceituoso. Enfim, uma bobagem que insiste em existir. Ok. Mas, algumas ações mostram que uma mudança de comportamento e consciência está chegando...


No dia 4 de maio o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, por unanimidade, o reconhecimento da união homoafetiva como “entidade familiar”. A decisão estende a casais do mesmo sexo direitos até então restritos a casais heterossexuais, como herança, benefícios da previdência, inclusão como dependente em plano de saúde e adoção, entre mais de 100 direitos. Todos os ministros votaram com o relator Carlos Ayres Britto, que argumentou que “a família é a base da sociedade, e não o casamento”, o que amplia a interpretação legal do que significa uma entidade familiar.


A cobertura da imprensa em geral foi discreta. Os veículos de comunicação apenas relataram a decisão do STF, mantendo posição imparcial. Como todo jornalismo, houve o pronunciamento dos dois lados da história, os contra e os a favor. Mesmo que todos os votos tenham sido por unanimidade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi contra e teve sua opinião divulgada.


Mas será que a Igreja Católica, já em decrescente popularidade, não pode continuar perdendo seguidores diante dessa postura rígida diante dessa tendência?








A imprensa aproveitou o acontecimento para dar continuidade ao assunto por meio de matérias que beiram o sensacionalismo. 


Nos dias que se sucederam, diversas matérias tiveram como gancho o reconhecimento da união entre homossexuais, como a primeira união no Brasil, que aconteceu em Porto Velho, quinze dias depois da decisão do Supremo. 

E o primeiro registro de casamento homossexual em São Paulo.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sacolas plásticas x Ecobags

Desde o início do ano até o presente mês, um dos assuntos que mais entrou em pauta na imprensa brasileira foi o da proibição do uso de sacolas plásticas. Belo Horizonte e São Paulo já aprovaram leis que extinguem o uso das tradicionais sacolinhas de polietileno. Na capital mineira ela já vigora, enquanto na paulista ela aguarada aprovação da câmara de vereadores. Agora o consumidor precisa sair de casa planejando como irá carregar sua compra, seja ela mensal ou corriqueira. É uma mudança de hábito que tem o objetivo de criar no imaginário da sociedade conceitos mais politicamente corretos com relação à ecologia.

O principal argumento das autoridades é de que cada uma dessas antigas sacolinhas demoram cerca de 300 anos para se decompor na natureza e de que essa seria mais uma das sobrecargas impostas pelos seres humanos no ecossistema terrestre.

No entanto, a polêmica relacionada à proibição do uso de sacolas plásticas não acabou. Muitas pessoas ainda reclamam do preço das ecobags e das sacolas biodegradáveis, e acham que as sacolas plásticas são mais práticas e  úteis posteriormente.

A mídia veiculou várias matérias defendendo o uso de ecobags, alegando que era uma medida ecológica. Mas pouco se falou de um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, obtido pelo jornal britânico "The Independent", que descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.

Para se ter uma ideia, ao digitar no Google, "proibição sacolas plásticas em Belo Horizonte, 114.000 resultados são encontrados. A maioria dos sites econtrados são de notícias e falam sobre a lei aprovada, as polêmicas envolvidas e as vantagens ecológicas. VANTAGENS ECOLÓGICAS?

Ao fazer uma nova pesquisa, desta vez utilizando as palavas "pesquisa uso ecobags sacolas plásticas", 130.000 resultados são encontrados. Nota-se que mais resultados são obtidos, entretanto, o número de sites de notícias em que a pesquisa foi divulgada é extremamante menor, comparado com a quantidade desta categoria de sites que fez matérias amplas sobre a aprovação da lei.  Logo na primeira página, esta diferença é notada. Enquanto na primeira busca realizada todos os sites da primeira página eram de notícias, na segunda pesquisa, somente um site de notícias, (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882950-saco-plastico-causa-menos-danos-que-ecobags-diz-relatorio.shtml) divulgou o relatório feito pela Agência do Meio Ambiente britânico.

Não seria este relatório um motivo para a lei ser repensada?
Por que a mídia não entrou  significadamente nesta polêmica?
Será que exitem interesses políticos e econômicos envolvidos na divulgação deste relatório por parte da mídia?

Em contraponto à decisão política e à cobertura feita pela grande imprensa, o vlogueiro PC Siqueira publicou na sua página do youtube, no dia 3 de março, um vídeo onde ele contesta essa medida. Ele divaga, à sua maneira, sobre as incoerências existentes dentro desse atual discurso ecológico, tomando como foco para seu argumento o uso das ECOBAGS.


 

A questão central que propomos aqui é a de que um simples vlogueiro conseguiu sacar e colocar em discussão um outro lado dessa história, ao contrário do que optaram os grandes meios de comunicação. Os portais de notícia preferiram apenas noticiar o fato e pouco se aprofundaram na discussão da necessidade da aplicação dessa nova medida. Portais como o G1 e o da Folha de S. Paulo Online, por exemplo, falaram sobre a mudança de hábito que deve ser tomada, mas não se preocuparam em explicar com exatidão as consequências do uso das antigas sacolinhas e o porquê da necessidade delas serem substituídas.



O grande público que utiliza os conglomerados de notícia, também é um público que é potencial consumidor e que fatalmente frequenta um supermercado. Seria interessante então, que a mídia eletrônica tomasse uma cobertura mais criativa e aprofundada, dando a real dimensão da medida adotada para a população. Uma via de contribuição para uma conscientização ecológica ou também uma arma importante para quebrar um tabu criado por autoridades políticas, assim como fez o vlogueiro.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ligo a câmera e saio falando. Trago assuntos populares para irritar as pessoas e chamo atenção para outros mais importantes” (PC Siqueira)


Não entrei nesse mundo para ter fama, dinheiro ou mulher (Felipe Neto)

São essas as palavras de PC Siqueira e Felipe Neto, dos dois videoblogueiros mais populares e polêmicos do momento. Neste blog, você vai conferir uma crítica especializada acerca dos temas tratados por eles. Mas como a mídia em geral aborda esses assuntos? Como esses temas, ora banais ora importantes, são reproduzidos na imprensa? No Críticos da Crítica você ainda confere esse tipo de abordagem. Afinal, nem só em vlogs a história e crítica nacional são construídas.