sábado, 21 de maio de 2011

Preconceito

Há seis meses, Felipe Neto postou o vídeo "Preconceito" em seu canal do youtube. Por quase sete minutos, ele discorre sobre as várias manifestações de preconceitos: contra os negros, os ricos, os humildes e os gays. Critica, acima desses preconceitos, a hipocrisia que vive a sociedade ao camuflar seus preconceitos com um "não tenho preconceito nenhum" ou afirmando ser tudo uma simples questão de preferência.




Preconceito é pré-julgamento (tendo como base um julgamento que, além de não ser cabível a nenhum de nós, não tem estrutura lógica-humana). É estupidez e covardia ao desdenhar a importância de ser humano do outro. E é, muitas vezes, um escudo para proteção das próprias "certezas" incertas do preconceituoso. Enfim, uma bobagem que insiste em existir. Ok. Mas, algumas ações mostram que uma mudança de comportamento e consciência está chegando...


No dia 4 de maio o Supremo Tribunal Federal (STF) aprovou, por unanimidade, o reconhecimento da união homoafetiva como “entidade familiar”. A decisão estende a casais do mesmo sexo direitos até então restritos a casais heterossexuais, como herança, benefícios da previdência, inclusão como dependente em plano de saúde e adoção, entre mais de 100 direitos. Todos os ministros votaram com o relator Carlos Ayres Britto, que argumentou que “a família é a base da sociedade, e não o casamento”, o que amplia a interpretação legal do que significa uma entidade familiar.


A cobertura da imprensa em geral foi discreta. Os veículos de comunicação apenas relataram a decisão do STF, mantendo posição imparcial. Como todo jornalismo, houve o pronunciamento dos dois lados da história, os contra e os a favor. Mesmo que todos os votos tenham sido por unanimidade, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi contra e teve sua opinião divulgada.


Mas será que a Igreja Católica, já em decrescente popularidade, não pode continuar perdendo seguidores diante dessa postura rígida diante dessa tendência?








A imprensa aproveitou o acontecimento para dar continuidade ao assunto por meio de matérias que beiram o sensacionalismo. 


Nos dias que se sucederam, diversas matérias tiveram como gancho o reconhecimento da união entre homossexuais, como a primeira união no Brasil, que aconteceu em Porto Velho, quinze dias depois da decisão do Supremo. 

E o primeiro registro de casamento homossexual em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário