A produção tecnológica se acelera a cada dia e os produtos vão ficando obsoletos mais rapidamente. Exemplo desse fato é o boom que tem ocorrido nos últimos anos dos equipamentos que prometem alto processamento de dados, equiparados aos computadores, mas em escala de tamanho muito reduzida. Smartphones puxados pelo carro-chefe do Iphone entram e saem das prateleiras e ficam ultrapassados em questões de meses. O que há uma década atrás ficava fora de uso dentro de 3 anos, hoje já não serve mais para consumo dentro da sociedade capitalista em seis meses.
Partindo desse ponto, a nova sensação dentre os entusiastas da tecnologia e dos consumistas em geral são os chamados tablets. São equipamentos que ficam entre os smartphones e os notebooks numa escala de funcionalidade, mas que prometem vir com tudo para se tornarem sinônimo de portabilidade e eficiência na comunicação.
Novamente, a empresa detentora dessa ideia e que influenciou todas as outras grandes marcas é a californiana Apple, do multimilionário Steve Jobs. Seu produto, o Ipad, já está na sua segunda geração e mobilizou, só no dia da estreia nas prateleiras, milhões de pessoas.
Novamente, a empresa detentora dessa ideia e que influenciou todas as outras grandes marcas é a californiana Apple, do multimilionário Steve Jobs. Seu produto, o Ipad, já está na sua segunda geração e mobilizou, só no dia da estreia nas prateleiras, milhões de pessoas.
A imprensa mundial cobriu o evento e a brasileira não poderia deixar de fazer diferente. No entanto o que se leva em questão aqui não é somente o acontecimento, mas como a mídia acaba pautando a sociedade rumo ao consumismo. Este novo aparelho, na verdade traz ínfimas inovações, a não ser melhorias de performance, mas faz em tese o que o seu antecessor fazia.
No entanto, a maneira com que os veículos de comunicação, principalmente de internet, abordam o fato faz parecer com que seja uma necessidade quase orgânica que se adquira uma nova quinquilharia. O acontecimento é muitas vezes até espetacularizado, como se fosse mais um grande feito da humanidade, quando, na verdade é só mais um produto que tem dias contados nas vitrines, até que surja mais uma nova “inovação”.
No entanto, a maneira com que os veículos de comunicação, principalmente de internet, abordam o fato faz parecer com que seja uma necessidade quase orgânica que se adquira uma nova quinquilharia. O acontecimento é muitas vezes até espetacularizado, como se fosse mais um grande feito da humanidade, quando, na verdade é só mais um produto que tem dias contados nas vitrines, até que surja mais uma nova “inovação”.
A matérias do G1 e da Folha de S.Paulo On Line, do dia 27, por exemplo, deram destaque inclusive para o evento e até para a presença de celebridades no local. Esquecendo-se de falar um pouco mais a fundo do produto:
É claro que existem os chamados reviews, que são trabalhos bastante esclarecedores que buscam analisar o produto nos seus menores detalhes levando em conta aspectos de desempenho, custo-benefício e utilidade. Mas ainda assim, o objetivo final é fazer com que o leitor (consumidor) se decida ou não pela compra. Poucas são as críticas de imprensa em relação à utilidade do equipamento e aí não colocamos somente em questão o Ipad, mas todos os outros “brinquedos” do século XXI.
O que preocupa não é o fato do cidadão querer ou não comprar o equipamento, mas a tendência superficial e de tomar um lado somente (geralmente o de afirmar os benefícios) que a imprensa toma, fazendo parecer com que a notícia é mais uma peça publicitária das multinacionais.
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