Desde o início do ano até o presente mês, um dos assuntos que mais entrou em pauta na imprensa brasileira foi o da proibição do uso de sacolas plásticas. Belo Horizonte e São Paulo já aprovaram leis que extinguem o uso das tradicionais sacolinhas de polietileno. Na capital mineira ela já vigora, enquanto na paulista ela aguarada aprovação da câmara de vereadores. Agora o consumidor precisa sair de casa planejando como irá carregar sua compra, seja ela mensal ou corriqueira. É uma mudança de hábito que tem o objetivo de criar no imaginário da sociedade conceitos mais politicamente corretos com relação à ecologia.
O principal argumento das autoridades é de que cada uma dessas antigas sacolinhas demoram cerca de 300 anos para se decompor na natureza e de que essa seria mais uma das sobrecargas impostas pelos seres humanos no ecossistema terrestre.
No entanto, a polêmica relacionada à proibição do uso de sacolas plásticas não acabou. Muitas pessoas ainda reclamam do preço das ecobags e das sacolas biodegradáveis, e acham que as sacolas plásticas são mais práticas e úteis posteriormente.
A mídia veiculou várias matérias defendendo o uso de ecobags, alegando que era uma medida ecológica. Mas pouco se falou de um relatório da Agência do Meio Ambiente britânica, obtido pelo jornal britânico "The Independent", que descobriu que PEAD (polietileno de alta densidade) utilizado nas sacolas causa menos impacto ambiental do que as matérias-primas das ecobags.
Para se ter uma ideia, ao digitar no Google, "proibição sacolas plásticas em Belo Horizonte, 114.000 resultados são encontrados. A maioria dos sites econtrados são de notícias e falam sobre a lei aprovada, as polêmicas envolvidas e as vantagens ecológicas. VANTAGENS ECOLÓGICAS?
Ao fazer uma nova pesquisa, desta vez utilizando as palavas "pesquisa uso ecobags sacolas plásticas", 130.000 resultados são encontrados. Nota-se que mais resultados são obtidos, entretanto, o número de sites de notícias em que a pesquisa foi divulgada é extremamante menor, comparado com a quantidade desta categoria de sites que fez matérias amplas sobre a aprovação da lei. Logo na primeira página, esta diferença é notada. Enquanto na primeira busca realizada todos os sites da primeira página eram de notícias, na segunda pesquisa, somente um site de notícias, (http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/882950-saco-plastico-causa-menos-danos-que-ecobags-diz-relatorio.shtml) divulgou o relatório feito pela Agência do Meio Ambiente britânico.
Não seria este relatório um motivo para a lei ser repensada?
Por que a mídia não entrou significadamente nesta polêmica?
Será que exitem interesses políticos e econômicos envolvidos na divulgação deste relatório por parte da mídia?
Em contraponto à decisão política e à cobertura feita pela grande imprensa, o vlogueiro PC Siqueira publicou na sua página do youtube, no dia 3 de março, um vídeo onde ele contesta essa medida. Ele divaga, à sua maneira, sobre as incoerências existentes dentro desse atual discurso ecológico, tomando como foco para seu argumento o uso das ECOBAGS.
A questão central que propomos aqui é a de que um simples vlogueiro conseguiu sacar e colocar em discussão um outro lado dessa história, ao contrário do que optaram os grandes meios de comunicação. Os portais de notícia preferiram apenas noticiar o fato e pouco se aprofundaram na discussão da necessidade da aplicação dessa nova medida. Portais como o G1 e o da Folha de S. Paulo Online, por exemplo, falaram sobre a mudança de hábito que deve ser tomada, mas não se preocuparam em explicar com exatidão as consequências do uso das antigas sacolinhas e o porquê da necessidade delas serem substituídas.
O grande público que utiliza os conglomerados de notícia, também é um público que é potencial consumidor e que fatalmente frequenta um supermercado. Seria interessante então, que a mídia eletrônica tomasse uma cobertura mais criativa e aprofundada, dando a real dimensão da medida adotada para a população. Uma via de contribuição para uma conscientização ecológica ou também uma arma importante para quebrar um tabu criado por autoridades políticas, assim como fez o vlogueiro.
Cara, ridícula a matéria da Folha. Dá pra perceber claramente que não houve a preocupação de expor com claridade uma pesquisa ciêntífica e certos dados, compondo desta maneira um resultado pseudo. A pesquisa nem foi publicada ainda e ainda tem um agravante de se tratar de dados de outro país em outro continente, logo, só com detalhes das metodologias da pesquisa poderemos saber se esse "suposto resultado adiantado" é mesmo coerente. Quer dizer que se eu for jornalista da Folha e escrever qualquer coisa, essa coisa passa a ser verdadeira?
ResponderExcluirPelo meu conhecimento empírico, sei que uma boa ecobag é utilizada pelo menos por dois anos e substitui mais de 600 sacolas de PEAD. E a ecobag nem precisa ser de algodão, pode ser de fibra de PET obtido através da reciclagem de garrafas de refrigerante podendo ser reciclada novamente (só um exemplo, pois mesmo as de algodão tem uma pegada ecológica muito menor que as descartáveis PEAD).
Agora sacolas descartáveis de amido também não são nada ambientais, tampouco as de papel. Só perdem em burrice para as de PEAD mesmo.
Sacolas não são recicláveis pois há uma enorme variedade de aditivos utilizados que normalmente não são compatíveis com a confecção de um novo produto através da reciclagem. Sacos preto de lixo são recicláveis.
Enfim, tal publicação da Folha (ridícula) está sendo usada para enganar e favorecer particulares. Da onde tirei estes dados???) Conhecimento empírico! Quer comprovar? Compre uma ecobag de qualidade e leve-a para as compras x)Abraço oc-geasa.blogspot.com